Cirurgia de Vesícula

Dr. Fernando Zacarias

Pedra na vesícula, por que fazer cirurgia?

Pacientes com pedra na vesícula se dividem em pacientes assintomáticos e sintomáticos,  ou seja, aqueles que não têm sintomas daqueles que têm sintomas. E os pacientes que têm sintomas são aqueles candidatos à cirurgia o quanto antes. Por quê? Primeiro para alívio dos sintomas, obviamente, e segundo para diminuir o risco de complicações.

Quais são esses sintomas?

Os sintomas podem variar desde manifestações vagas, como sensação de empachamento, náuseas após a alimentação, desconforto leve ou sensação de gases, até os sintomas mais clássicos, que incluem dor no epigástrio (conhecida como “boca do estômago”), frequentemente irradiando para a região abaixo da costela direita (hipocôndrio direito) ou para o dorso (costas).

Normalmente, essas dores são descritas como tipo cólica ou aperto e costumam surgir após a ingestão de alimentos gordurosos, como frituras, óleos, manteiga, entre outros. Esses são os sintomas mais comuns associados a problemas na vesícula.

Pacientes assintomáticos

Em relação aos pacientes assintomáticos, ou seja, aqueles sem sintomas, não há obrigatoriedade na realização da cirurgia. No entanto, ela é recomendada, especialmente para pacientes mais jovens ou com maior expectativa de vida. Isso se deve ao fato de que o risco cirúrgico é mínimo quando comparado aos benefícios, considerando as possíveis complicações que podem surgir com a permanência do cálculo.

Quais são essas possíveis complicações?

O cálculo pode migrar, saindo do fundo da vesícula (onde geralmente não causa dor) para a saída da vesícula, obstruindo a liberação da bile. Isso pode levar a um quadro de inflamação chamado colecistite, que frequentemente requer cirurgia de urgência.

Além disso, o cálculo pode deslocar-se para o canal que liga o fígado ao intestino, causando uma condição chamada coledocolitíase. Nesse caso, o paciente pode apresentar sintomas como pele e olhos amarelados (icterícia), urina escura e fezes descoloridas, necessitando de procedimentos adicionais além da retirada da vesícula.

Outra complicação temida é a pancreatite, uma inflamação do pâncreas que pode variar de leve a grave. A pancreatite grave é especialmente preocupante, pois pode exigir múltiplas intervenções cirúrgicas, ter evolução incerta e, em alguns casos, levar o paciente a óbito.

Por conta dessas possíveis complicações, em pacientes com baixo risco cirúrgico, opta-se pela realização da cirurgia mesmo na ausência de sintomas. O risco-benefício é claramente mais favorável, evitando complicações que podem surgir a qualquer momento e para as quais o paciente pode não estar preparado.

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Especialidades

Com mais de 15 anos de experiência em técnicas cirúrgicas convencionais e minimamente invasivas, dedico-me à cirurgia geral e bariátrica.

Sobre mim

Sou formado pela Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública. Com mais de 15 anos de experiência, já realizei mais de 1.000 cirurgias bariátricas videolaparoscópicas no Serviço de Cirurgia Bariátrica do Hospital Municipal de Salvador (HMS). Além disso, atuo como Diretor Médico do Hospital Geral do Estado (HGE) e sou membro das Sociedades Brasileiras de Cirurgia Bariátrica e de Hérnia. Minha missão é oferecer um cuidado acolhedor e eficaz para condições como obesidade, hérnias e doenças do refluxo.